Avenida Luisa Todi.
Setúbal.
O tempo que ali fiquei.
Eu que matei o tempo
ao tempo do que fazia.
A horas dadas, certas,
os intervalos.
Sentado a olhar o relógio
que parava no tempo que não queria,
ao lado das bebedeiras caladas
estendidas nos bancos de ripas
sujas dos pombos que conviviam
com a tristeza e a magreza
ao tempo medido.
A sujidade na pausa de uma vida.
Avenida Luisa Todi.
Setúbal.
Poema escrito no meu coração.
Eu, ao tempo dos anos ali sentado,
ganhei a fortuna ao tempo
ao cultivar amizades, ali,
inventando razões.
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