terça-feira, 20 de julho de 2010

Carnavais

Bizarro, o desfile saíu.
Avançou na gáspea. De mais.
O frenesim estabelecido nas hostes
apressou o movimento
que parou a mando. Do mandador.
Nos intervalos inventados, o espaço vago,
entre as loucuras e as fantasias inocentes
surgia também enfeitado o chão de basalto
com as serpentinas e os confetes
arremessados em linhas cruzadas
e que ali jaziam por instantes, em paz.
E eram muitos. Mais do que... sei lá!...
mesmo muitos! e muitos, são muitos.

Aqui e ali, salpicando o espaço
seres de hábito diário e de máquina em riste
com flash, registavam de frente, de trás...
bendiziam da ilha à vista.
A satisfação estava no sorriso denunciante.

A folia passava... o povo ficava e o riso caía.
Misturando-se com os papéis coloridos
e o sujo no chão. Espezinhado.
Como no Carnaval de antanho
a alegria passou num ápice
e aportamos ao cais da realidade.
Estado da “tristeza triste”.
— Para o ano, voltamos a atirar confetes.

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