quarta-feira, 28 de julho de 2010

Nada mudou

Os arautos do reino
com floreados na manga
e penachos na voz,
a terreiro frequente
anunciam as delícias da plebe:
— As viagens reais
— A novela do Príncipe
— Os jogos florais
— O filho que matou a mãe à dentada
em cima de uma oliveira...
— O machado em contra-mão.

O povo em delírio, repetidamente,
aplaude as novas.
As velhas; impostos e outros assaltos,
são conformados lusitanos:
— Ah!... Não vale a pena...

Nada mudou.

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